segunda-feira, 22 de março de 2010

Contaminação



"Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se 
com as finas iguarias do rei, nem com o vinho 
que ele bebia; então, pediu ao chefe dos 
eunucos que lhe permitisse não contaminar-se." 
(Dn 1.8)

               Um dos versos que me faz lembrar o que vou descrever é "Os manjares do rei, o contagio fatal, a aparência do bem, na essência o mal.". Se olharmos para a história de uns 2.600 anos passados vamos encontrar o relato de quatro jovens, brilhantes e considerados melhores, em especial na opinião de um dos maiores líderes mundiais de todos os tempos, o Rei Nabudonosor, do império babilônico.
               Depois da sua primeira invasão contra Judá, e da tomada de Jerusalém, em 606 a.C., Nabucodonosor tomou dezenas de jovens judeus bem qualificados como reféns (provavelmente no final da adolescência) para ajudá-lo no sucesso de seus planos a longo prazo com propósito de dominar o mundo. Um deste moços foi especialmente destinado á grandeza, e hoje seu nome é sinônimo de integridade e de espírito de não-comprometimento. Seu nome era Daniel.
                Quando vemos a história de Daniel, pensamos logo em fogo e leões, mas, além destas coisas podemos ver algo fantástico que Deus fez através da vidas desse jovem junto com seus amigos. A história bíblica narra que esses jovens bem qualificados, passariam por testes e ensinamentos, tanto fisicos quanto intelectuais. O que aconteceria seria uma experiência reeducacional para Daniel e seu amigos.
                 Os babilonicos, basicamente sinônimo de caldeu, eram a superpotência naquela época, e com sua expansão, seus ideais culturais, ciências, filosofia, literatura passariam a ser o sistema de ensino, para seus melhores capturados, neste caso, Daniel e seus amigos. Então com estas era as regras, Daniel e seus amigos, passaram a aprender todas aquelas coisas. Aprender matemática, história natural, agricultura e arquitetura dentre outras coisas até aquele ponto seria uma experiência positiva, pois os caldeus eram os principais pensadores de sua época, especialistas em quase todas as disciplinas. Talvez Daniel deva ter enfrentado os típicos desafios acadêmicos do aprendizado em novos assuntos como qualquer um, mas o objetivo final era de principalmente reprogramar suas convicções, espirituais, morais e éticas. Nabucodonosor queria que Daniel e os outros jovens largassem sua herança judaica, esquecessem de Deus, para o favor do Império Babilônico. Basicamente era uma lavagem cerebral sofisticada que transformaria Daniel, de um humilde jovem hebreu a um brilhante líder caldeu. Para que não houvesse nada referente a Deus, até os seus nomes foram mudados; talvez fosse algo sem importância, mas no oriente médio o nome de um indivíduo, estava ligado a sua identidade, seu modo de vida e personalidade. Ambos, judeus e caldeus reconheciam a importancia do nome, por isso, Daniel que é "Deus é meu juiz" passou a ser Beltessazar "Príncipe de Bel", um deus pagão.
                Embora estas coisas tenham acontecido, Daniel internamente estava firme e tinha coragem para afirmar seus padrões e permanecer um servo do verdadeiro Deus.
                Ele então começou a traçar os limites quando as coisas começaram a ser mais desafiantes a sua fé, do que acadêmicas. O programa educacional culminava com a participação nas finas iguaria do rei. Em outras palavras, Nabucodonosor e seus assistentes queriam seduzir os jovens judeus aos seus refinamentos, e somente da mais alta classe, tentando levar a Daniel e seu amigos a uma obrigação aos seu senhores, se desassociando de seus antigos custumes. Aprender as ciências caldaicas era um benefício, um nome pagão poderia ser tolerado, logo que Daniel não mudou sua atitude em relação a Deus, mas quanto ao tipo de comida e bebida estava fora de possibilidade. Daniel conhecia muito bem as restrições dietéticas com relação a preparação e consumo de alimentos (Lv 7.23-27; 11.1-47; Dt 12.15-28; 14.1-29), e antes de servir a comida e bebida elas eram oferecidas aos falsos deuses babilônicos. Isso seria idolatria! Comer do banquete seria participar, a adoração a um deus pagão. Esssa é uma questão de princípios bem clara; Daniel estava bem consciente de sua obediência a Deus, e antes de tudo traçou limites. Sua atitude cosntitui uma parte básica da genuína integridade e da sua vida de não-comprometimento: "Você precisa traçar limites de convicção onde as Escrituras demarcam as linhas. Diferente de outros crentes Daniel não arranjou uma explicação vacilante ou ambígua. Note que ele não tomou o caminho mais fácil durante aqueles 21 dias em que a comida seria servida, ele mostrou espírito de não-comprometimento. E acentuou sua ousadia ao afirmar que "não iria contaminar-se"; ele poderia simplesmente ter dito que não comeria e preferir outra coisa, mas ele disse que não iria se contaminar, que era associado em todo o Antigo Testamento a algo abominável ao Senhor. São sinônimos dessas palavras, profanar, adulterar, poluir e corromper. Ele não mediu sua palavras.
                  Esta é uma coragem que não envergonha e significa ser totalmente transparente em relação ao seu padrão ou questões do certo e errado. Provérbios 29.25 diz: "Quem teme ao homem arma ciladas". Muitas pessoas permitem ser intimidadas pelas opiniões de outros e, assim, não atingem os padrões escriturísticos de ousadia que não envergonha. Daniel ente outras figuras da Bíblia, creram que "o que confia no Senhor está seguro" (v.25b).
                   Daniel, um jovem, mostrou, o que muitos de nós as vezes não ousamos, ser relamente diferentes, não em valores sem sentidos ou perdidos, mas em valores espirituais claros. O compromisso de Daniel deveria servir de motivação para todos dentre os que creem desejarem seguir um caminho mais alto caracterizado pela integridade e dedicação sem comprometimento com qualquer coisa mais.

Adaptações I

Em Cristo
Leomir








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