segunda-feira, 22 de março de 2010

Pós







 
  “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, 
para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, 
que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece;
mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.”

             Muitos de nós temos diferentes visões de mundo. Uma das coisas que formam nossa opinião acerca do mundo é a própria infomação produzida nesse mundo tentando defini-lo. Em muitos circulos acadêmicos usa-se a expressão cosmovisão, e então alguém pode perguntar: "Qual sua cosmovisão?", em outras palavras mais coloquiais, "O que você pensa do mundo?". Muitos de nós estamos habituados a reconhecer as coisas de nossa época, pois é mais fácil, mais natural, mais normal. Não escola nós aprendemos que existiram muitos períodos, onde houveram transfomações, novas idéias, novas roupas, novas cidades e muitas outras novas, num novo modo de viver e ver a vida.
              Para aqueles que creem em Jesus verdadeiramente, temos uma definição bíblica de mundo, ou, onde ele se encontra e é uma visão bem direta: "O mundo inteiro jaz no maligno.". Não uma parte dele ou algumas pessoas, mas é um mundo perdido completamente. Não fosse Deus que sustentasse com misericórdia, tudo já estaria consumido. Mais do que esta definição de que o mundo é o verdadeiro "The lost world", temos o Espírito Santo de Deus, que o mundo não pode conhecer. O que quero dizer é: "O que podemos esperar de um mundo desse que não reconhece o Espírito de Deus?". Certamente para qualquer intuito em relação a Deus, este mundo não pode glorificá-lo se não o conhece.
               Desde a antiguidade, ouvimos falar e estudamos, que sempre houve crescimento, transformação ou ideal. Pelo menos, para nossa época, se torna fundamental, reconhecê-la e qual o estado do mundo historicamente falando; pra todos os efeitos um mundo perdido. Nós podemos lembrar de períodos que eles chamam de pré-história e tal e tal e tal, até chegarmos a era moderna, e passando por ela, chegamos a nossa época, tempos de um mundo pós-moderno. Talvez não se tenha criado uma definição clara para o que é um mundo pós-moderno, mas é justamente isso que caracteriza o nosso mundo de hoje, um sem definição, e no termo, pós-moderno mesmo.
                Esta pós-modernidade que vivemos é o produto que não foi planejado da modernidade, uma modernidade que tinha seus ideais e objetivos basicamente planejados. Nesse tempo eles trocaram a fé pela razão, que se tornou a deusa-tutora que encaminharia o mundo, rejeitando qualquer conhecimento transcendental que vinhesse da religião, dexando de lado qualquer mente superior e mergulhando no própio caminho racional humano somente. O ideal era o aperfeiçoamento do homem, através de usos científicos, no saber lidar com a natureza, chegando a um proveito total para o ser humano, onde todos se sentiriam bem e satisfeitos, num mundo paraíso onde todos viveriam felizes para sempre, sem ter que recorrer a algo inadequado ou antigo como a fé ou a inclinação espiritual a algum ser superior.
                 O que aconteceu foi que este sonho nunca se realizou, e miseravelmente o "ideal perfeito" falhou. A natureza começou a se revoltar, em vários cataclismos ambientais por causa do progresso humano, o homem teve que trabalhar mais para cumprir a exigência econômica crescente, se sobrecarregando em cargas horárias e grande stress, doenças que dizimaram milhões sem controle e vírus que se tronaram mais resistentes e letais, criando um mundo de cemitérios, hospitais e salas de pisicólogos.
                   Em outros termos vemos um mundo muito diferente em partes sociais, com pessoas cada vez mais ricas e outras mais pobres, sem o mínimo para sobreviver. E por final, nessa corrida por poderes o homem causou duas grandes guerras mundiais.
                   Assim o ideal Iluminista Racional, deixou o homem perplexo; se tornaram homens modernos sem saída, pois não tinham vontade de voltar para a mítica fé que rejeitaram, e nem continuar o projeto falído da razão perdido nos escombros das guerras. Então num mundo que ficou totalmente destruído fisicamente, os ideais foram também destruídos, fazendo surgir as gerações dos escombros, "Os homens quebrados", junto com a nova idéia humanista também herdada do ideal iluminista. O resultado dessa reação e rejeição é o que vivemos hoje, a pós-modernidade, um mundo sem definição, pruduzido por homens quebrados, sem definição. E assim hoje o homem procura se definir sem Deus, adorando a natureza que antes queria dominar, sendo suprido em quase totalidade pela mesma tecnologia que antes era a ancora para o aperfeiçoamento, mas assumindo o papel do imediatismo ao mesmo tempo que o destroi, e voltando-se para religiões indefinidas, gerando um mundo totalmente sem rumo e explícito no sentido de estar enterrado no maligno.
                    Hoje nós encontramos os frutos sociais de pessoas que não sabem o que são, que perderam a identidade que tinham como fator para determinar o que eram em si mesmas e fora de si. E isto faz surgir as aberrações fora do normal, na conduta humana, de personalidades exóticas, mas quebradas. E portanto, longe de qualquer coisa que se chama verdade, o significado real das coisas perde o valor, tornando a mentira em verdade e a verdade em mentira; dando nomes feios a coisas bonitas e nomes bonitos as coisas feias. Um mundo de cabeça para baixo, sem cabeça. E a ausência de um padrão de verdade se reflete na estrutura do homem na sua identidade. Então ele sem referêncial alguma, chega a uma crise existêncial, um mal de quase todo homem pós-moderno, devido ao vazio de alvo em sua trajetória. E para todos os efeitos cria uma depressão não apenas pessoal, mas social; em outros termos, é para um vazio cada vez maior que o homem vai. E as reações não parando por aí fazem o homem procurar algo chave para satisfazer-se, o entretenimento, transformando todos os ambitos, até mesmo a igreja, num simples, "va,os fazê-los sorrir, afinal, é o que importa não é?!". Com isso não exige-se mais coerência de visão ou doutrina.
                      Então com o palco da tragédia montado, o que a igreja de Cristo pode fazer para testemunhar de Deus neste período da história? Será que é nos conformando com o mundo cada vez mais, ou tornando-se fieis no que pregamos? Será que é vivendo dignamente do evangelho, para que o mundo, por mais perdido que possa parecer possa ver a verdade ou afundando junto?
                       Não é uma tarefa inútil, só precisamos fazer o que Deus nos manda para com seus mandamentos: "Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente sábia e inteligente." (Dt 4.6).

Adaptações I

Em Cristo
Leomir

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